'Mi dibujo al trazo es la traducción directa y más pura de mis emociones... Son generadores de luz.'
31 de dezembro de 2010
29 de dezembro de 2010
12 de dezembro de 2010
Emily Dickinson
A word is dead
When it is said,
Some say.
I say it just
Begins to live
That day.
Uma palavra morre
Quando é dita —
Dir-se-ia —
Pois eu digo
Que ela nasce
Nesse dia.
Tradução: Aíla de Oliveira Gomes
27 de novembro de 2010
23 de novembro de 2010
17 de novembro de 2010
13 de novembro de 2010
constelação
do sul emerge
hemisfério celestial
constelação.
céu de outubro
caixa de jóias
sagitário e leão.
aglomeram-se estrelas
e, douradas,
nebulosa na escuridão.
8 de novembro de 2010
crepinstantes
Para Adrian Dorado
Imagens digitais criadas a partir de fotografias da palavra crepitantes (utilizada por Adrian em comentário no meu blog), representada graficamente com tinta acrílica vermelha s/ papel sulfite.
5 de novembro de 2010
28 de outubro de 2010
15 de outubro de 2010
Alice (Adulto) - Grupo Gaia Dança Contemporânea
O espetáculo Alice foi apresentado em 2006, 2008 e 2009 no Cine Theatro Ypiranga em Porto Alegre e os vídeos são do canal de Diego Mac, um dos criadores do Grupo Gaia, no YouTube.
Luz: Carmem Salazar
10 de setembro de 2010
4 de setembro de 2010
28 de agosto de 2010
15 de agosto de 2010
VERDADE
Drummond
A porta de verdade estava aberta,
mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim, não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil da meia verdade.
E sua segunda metade
Voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma das outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
Seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
5 de agosto de 2010
Dar Carne à Memória
Luz: Carmem Salazar
De um à Cinco – Viviane Lencina e Luciano Tavares – Foto de Lícia Arosteguy
Ser Animal com Eduardo Severino – Foto de Sofia Schul
Tons (Do Branco) – Tatiana Rosa – Foto de Sofia Schul
O solo Caixa de Ilusões, com Monica Dantas. Foto de Sofia Schul
22 de julho de 2010
18 de julho de 2010
4 de julho de 2010
Partículas da Pintura
Processo de trabalho realizado na disciplina Pintura Avançada, do curso Bacharelado em Artes Visuais/Universidade Feevale.
Acrílica s/ tela e Fotografia Digital
Orientação: Prof. Me. Clóvis Martins Costa
2010 / I
clique no álbum para abrir:
3 de julho de 2010
DA PINTURA
DISTÂNCIA DA PINTURA
MEDO DA PINTURA
ENVOLVIMENTO DA PINTURA
MISTURA DA PINTURA
GESTO DA PINTURA
SUJEIRA DA PINTURA
CORPO DA PINTURA
GOSTO DA PINTURA
SILÊNCIO DA PINTURA
SILÊNCIO DA PINTURA
PARTÍCULAS DA PINTURA
SUMO DA PINTURA
DESEJO DA PINTURA
19 de junho de 2010
16 de junho de 2010
9 de junho de 2010
7 de junho de 2010
5 de junho de 2010
4 de junho de 2010
UMA
Uma tem forçado a porta,
pedindo pra entrar.
Outra tem errado com as palavras,
pedindo pra sair.
Pra uma entrar, outra tem que existir.
31 de maio de 2010
26 de maio de 2010
22 de maio de 2010
Antoni Muntadas - Atenção, 2002
A obra (em back light) já esteve em exposição/intervenção na Galeria Chaves Barcellos, na Rua dos Andradas em Porto Alegre, e faz parte do acervo da Fundação Vera Chaves Barcellos.
17 de maio de 2010
16 de maio de 2010
13 de maio de 2010
9 de maio de 2010
Martha Medeiros
Para minha mãe, Francisca.
para a mãe que desabrocha, rosa
para a mãe que bem-me-quer, margarida
para a mãe que gosta de champanhe, tulipa
para a mãe que gosta de orquestra, orquídea
para a mãe que é um violão, violeta
para a mãe que não dorme, girassol
para a mãe que trabalha, sempre-viva
para a mãe que defende, boca-de-leão
para a mãe que é linda, lírios
para a mãe que gera, gerânios
para a mãe que ama, amor-perfeito
CARTAS EXTRAVIADAS e outros poemas - L&PM, 2010.
25 de abril de 2010
LUZCIDEZ
21 de abril de 2010
18 de abril de 2010
Exposição Outros Lugares
insônia
Carmem Salazar
Poema visual
Impressão digital s/ papel fotográfico metálico
0,90 x 0,90 cm
Travessa dos Venezianos, no Bairro Cidade Baixa em Porto Alegre, onde situa-se a
sede da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.
3 de abril de 2010
O Projeto Outros Lugares inaugura a série de exposições do Espaço Cultural Chico Lisboa em 2010. Valoriza a produção jovem e contemporânea e apresenta artistas de cinco universidades do estado do Rio Grande do Sul. A curadoria é de professores destas universidades, convidados pela Chico Lisboa. A exposição inaugural, de caráter itinerante, será apresentada em todas as universidades e cada universidade realizará, no decorrer do ano, uma exposição no Espaço Cultural Chico Lisboa. Através dessas exposições, a Chico Lisboa expande o campo de atuação e de difusão da arte contemporânea no Rio Grande do Sul, aproxima os estudantes de Artes Visuais do interior e da capital, oportuniza a interação e expressa o desejo constante de um importante diálogo entre os artistas, associados e a comunidade.
1 de abril de 2010
27 de março de 2010
Palavras de Diego de Menezes Dourado
Texto de apresentação para o Encontro com a Poesia Visual
O que significa a palavra? Pra que serve a palavra? Trata-se apenas de um conjunto de morfemas, uma função semântica, uma unidade da linguagem falada ou escrita? Palavra cruzada, palavras de amor, palavra cantada, palavra encantada, palavrão, palavra palavra? O que existia antes da palavra, a voz, o silêncio? E antes do silêncio, o que existia?
Bem, a palavra possui muitas propriedades visuais. Que revelam um rompimento com a forma discursiva da sua origem. Uma tensão que nos leva a perceber sua dimensão plástica: técnica, volume, cor, espacialidade, dimensão, forma, repetição, poética e outros atributos mais. Um poema, necessariamente, não precisa ser lido. Em Mallarmè, por exemplo, podemos vê-lo dançando no espaço.
A palavra além da sua significação possui, também, uma condição matérica, substâncias sólidas como a "pedra no meio do caminho", de Drummond. Vejam como esse poema é pura imagem, informação de um símbolo, fenômeno de um código. Verbalmente, podemos levar essa mesma questão a outros grandes poetas como Ferreira Gullar e João Cabral de Mello Neto, que se preocuparam com a questão da sonoridade, repetição e espaço da palavra.
A palavra e a imagem são uma intersecção, uma intersecção, uma "rua de mão dupla" onde os signos, verbais ou não verbais, traçam uma linha muito tênue entre uma e outra, Então o que é Poesia Visual? É um produto plástico ou subproduto literário? Não há uma resposta exata.
Na Antiguidade, na obra "Odisséia", sequência de "Ilíada", de Homero, já podemos perceber a palavra como estrutura sigificativa para um rol de imagens. Nas culturas orientais, muito acentuadamente, vemos por meio da Caligrafia o status da imagem.
A palavra é escrita, mas também desenhada. E muitas vezes, por conta da educação fomal com que a aprendemos, não nos damos conta desta segunda propriedade que incita o nosso pulso. É por meio da caligrafia que podemos reconhecer a carta de alguém ou admirar a sua forma. A assinatura e os garranchos também são desenhos.
"Um poema pode ter forma, tal qual uma árvore tem". A palavra quando incorpora um corpo também incorpora as propriedades formais ou informais deste corpo. Podemos ver isto nos poemas objeto de Joan Brossa ou nas suas instalações e intervenções públicas, que trazem à tona as possibilidades de explorar o material e a matéria que a palavra possui. De edificar uma idéia plástica através da escrita.
A Poesia Concreta (70), baseada em princípios experimentalistas, nos mostra a atomização da palavra e a criação de outros significados: o aspecto gráfico da letra, da cor e da disposição reunindo artistas plásticos, músicos e poetas em torno da questão da leitura visual.
O teatro, por exemplo, é a "corporificação" da palavra. A palavra cênica, transitável. Quando o suporte da palavra deixa de ser o papel e vai pro vídeo ou pra performance, chegamos à ilimitada fronteira misteriosa da imaginação. Onde a linguagem é "destruída" para criar dificuldades, pelo menos maiores, de se arriscar. Artistas como Wally Salomão, Hélio Oiticica, Torquato Netto e, atualmente, Arnaldo Antunes, com livros de artista e experiências sonoras mostram o afrouxamento da impossibilidade. Vejam, por exemplo, as partituras para quem não sabe lê-las tal qual os músicos. Tornam-se signos visuais. Se pararmos para pensar, se não sabemos o que uma palavra significa, o que acontece? Ela volta a ser gráfica. por isso, insisto na idéia de que para compreender melhor a Poesia Visual, precisamos nos desvencilhar da educação formal. Para perceber a palavra como um fator também pictórico e não, tão sómente, oral ou linguístico.
A palavra é um elemento que possui elasticidade expressiva. Que pode usufruir de outra mídias para ser veiculada e recriada. Grupos como o "Chelpa Ferro" são exemplares nesse sentido, pois fazem shows de música e falam de poesia e pintura ao mesmo tempo. Temos, por exemplo, artistas como Leonilson e Myra Schendel, trabalhando com a questão espacial e representativa da palavra como imagem.
Por fim, o que posso dizer é que a palavra e a imagem não são duas coisas tão diferentes assim. E que mesmo que suas origens tenham sido, no decorrer do tempo, construídas de maneiras diferentes, ambas derivam-se no final.
Diego de Menezes Dourado é artista visual, escritor e poeta e é natural de São Luiz, Maranhão.
25 de março de 2010
18 de março de 2010
15 de março de 2010
Palavras de Waltercio Caldas
Meio Alto, uma das imagens do livro Salas e Abismos, de Waltercio Caldas.
Acho que toda ideia parte de um lugar só: do nada, do desconhecido. Quando você pensa a respeito de alguma coisa, um pequeno sintoma pode trazer uma imagem que vai se transformar em algo que exista. Tudo começa com uma sensação e um pensamento relacionado. O momento de união da sensação com o pensamento, a reciprocidade, talvez seja o centro do começo da obra de arte."
Waltercio Caldas, um dos maiores artistas plásticos brasileiros reconhecido internacionalmente, em entrevista à Revista Cultura, falando sobre a função de denúncia na arte e o método em seu processo criativo.
A profunda discussão sobre a linguagem da arte, tema central da poética criada por Waltercio, é abordada em seu livro Salas e abismos (mesmo nome de sua mais recente exposição itinerante) lançado em fevereiro, no Brasil.
Leia a entrevista na íntegra:
Fonte: Revista Cultura - Edição 32 / Março de 2010
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